sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

 Se quero que as coisas aconteçam, tenho que olhar para frente, é ali onde tudo se faz; do passado apenas as lições e as boas lembranças.

É no presente que se vive. O futuro é apenas uma expectativa. O Passado pertence à história.

Não há porta para o passado que se possa voltar e mudar o que não ficou bem; no máximo uma pequena fresta chamada lembrança que nos permite tão somente olhar, sem direito algum de tocar, por uma vírgula. O passado é uma história com seu ponto final. Cuidemos bem do nosso presente, enchendo-o de vírgulas necessárias e recheadas de belas exclamações, antes que chegue seu ponto final.

Que nosso presente seja escrito de intensas linhas, de venturosas páginas.

Porque nosso presente é uma folha em branco e uma caneta, sem borracha para apagar o que foi escrito. Uma vez escrito o registro é para sempre.

Por isso, escrevamos bem a nossa história, com cuidado, mas sem abdicar de certa ousadia. Cientes que somos falíveis, se algo escrito não saiu bem, sigamos, há novas páginas em branco para preencher.

sexta-feira, 31 de agosto de 2018



O passado não deve ser objeto de veneração e tampouco de repúdio; de lá se deve tirar ensinamentos preciosos para um presente harmonioso.

Deve-se olhar para o passado com cautela, porque é um ato de olhar para trás, para tudo que ficou e aconteceu. A visualização deve ser no tempo suficiente para recordarmos nossos passos, naquilo que deu certo e, principalmente, para o que deu errado, sabendo que aquilo que foi certo no passado agora não seja mais suficiente ou pertinente, pois o momento é outro, há uma nova configuração. E os erros, esses devem merecer uma atenção especial, pois carregam em suas recordações doses de dores e arrependimentos; dele deve-se tirar valiosos aprendizados, mas deve-se evita-los de novo, a todo custo, pois errar sempre na mesma situação é sinal inegável de falta de amadurecimento.

Olhe para o passado apenas o tempo suficiente para tomar fôlego, como um ato de rememorar, para, logo em seguida, voltar ao momento principal e sublime: o presente! É nele que está a ação, nele é que há possibilidade de mudanças e transformações e sua direção é sempre para frente.

O presente é movimento, e deve desvencilhar-se do passado quando este vir a representar engessamento, embora que os erros do passado serão os frutos amargos a serem colhidos no momento presente. Mas, por hipótese alguma, devemos nos lamentar do passado, sob pena de termos o presente acorrentado ao passado, preso em seu calabouço escuro e frio.

Nós, enquanto seres em evolução, não devemos estagnar, pois é isso que ocorre quando fazemos do passado uma fonte perene de vida, estagnamos no tempo, sem perceber as mudanças que ocorrem à nossa volta e sem perceber da necessidade de transformações imperiosas que devemos adotar. Se não nos movimentamos, o tempo nos mostrará de forma cruel o que foi perdido.

O passado é inerte, não apresenta novidades, é um relógio bonito, pendurado à parede, mas que já não funciona. No presente é que tudo deve acontecer, aliás, já está acontecendo; triste daquele que não percebe.

Se no passado você atingiu o cume de uma montanha, você já conheceu a trilha e saberá como conquistar outros topos; mas se no passado teus passos foram inseguros e encontrou mais tropeços que acertos, não é lamentando-se que as coisas mudarão. Lamentar é respirar o ar do passado. O ar renovador, capaz de impulsionar mudanças está no presente; o oxigênio novo e revigorante do presente.

Um presente vivido intensamente representa passos firmes e seguros rumo ao um futuro promissor, desgarrado das amarguras do passado.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016


PERDÃO

Certo guerreiro foi até um respeitável sábio e lhe pediu para que ele lhe preparasse uma certidão atestando sua coragem. “O que você fez para merecer tal certidão”, quis saber o sábio. O guerreiro, então, orgulhosamente falou de seus feitos: “Enfrentei, em desvantagem, poderosos inimigos e não temi por minha vida; corajosamente e, novamente, colocando minha própria vida em perigo, salvei do afogamento um desconhecido; e enfrentei na escuridão de uma floresta furiosos lobos".
Ao ouvir aqueles comentários sobre seus atos de bravura, o sábio perguntou: Tens muitos inimigos?” “Certamente que sim!” respondeu o guerreiro. "Pois então você ainda não está preparado para receber o atestado de coragem". Perplexo e inconformado, o guerreiro questionou o porquê daquela recusa. Então, calmamente, o sábio lhe disse: “Não ignoro suas façanhas, verdadeiramente provastes atos de pura coragem, mas a coragem maior ainda não foi atingida. Quando conseguir, volta e te darei o atestado”. Que ato de maior bravura poderia existir além daqueles que os praticara, quis saber o indignado guerreiro. Então o sábio respondeu: “Terás provado um grande ato de coragem quando perdoares teus inimigos". O guerreiro, ao ouvir aquelas palavras, percebeu o quanto difícil seria aquele ato e saiu dali cabisbaixo.
O perdão é a maior prova de amor, e para se conseguir esse gesto digno de louvor é preciso da ajuda do PAI que vai, aos poucos, preparando seu coração, afastando a mágoa e retirando o peso do rancor. DEUS, fonte perene de amor e paz.

Ritmos da vida
Nossa vida poderia muito bem ser comparada a uma discoteca. Indiscutivelmente na maior parte do tempo iria rolar aquela balada, significando que a vida vai naquele ritmo, nem lento demais, nem rápido demais; na tranquilidade. Em outros momentos iria rolar aquele rock pra dizer que a vida vai de vento em popa; pura aventura. Em outro momento o som seria de puro romantismo, momento que nosso coração estaria amando; só flores. Mas em outro momento o som seria desagradável, desarmônico, verdadeiro ruído aos ouvidos, o momento que a vida estaria atribulada; tempestade em nossa navegação. Infelizmente em algum momento a música tocada seria aquela mais temida por todos, uma canção fúnebre, momento que perdemos um ente tão querido; nuvens negras em nosso jardim.

Enfim, seja qual for a música tocada na discoteca da vida, haveremos de dançar conforme a música, isto significa dizer que devemos aprender com as situações que nos são impostas pelo destino, não adianta querer pular e rebolar quando a música está em outro ritmo. Estar fora do ritmo vai representar descontrole nos atos, bagunça na consciência.

E a vida foi, é e sempre será assim, com momentos para sorrir e outros para chorar. Se rolar aquela balada, aquela música agitadamente gostosa ou aquela música romântica, aproveite e dance bastante, porque não sabemos qual será a próxima música a rolar nessa discoteca chamada vida. Mas seja qual for, nem uma música é boa ou triste demais que dure para sempre; os ritmos da vida mudam.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Guerreiro...Fé...


Vejo aquele guerreiro caminhando; seus passos são lentos. Parece sem destino e por vezes cambaleia. Sua armadura suja e arranhada mostra que sofrera um grande revés. Atordoado, se mantém de pé com muito sacrifício. Seu caminho incerto serpenteia por vasto terreno arenoso. O horizonte em tom cinza indica forte tempestade a sua espera. Chuva e frio o acompanham. Sente-se só e inseguro. Vozes sinistras blasfemam contra sua honra e agridem sua consciência. Sente-se sufocado. De tantas batalhas que participara, nunca uma fora tão arrasadora como aquela. Tem vontade de gritar. Seus olhos marejam. O guerreiro está ferido. O punhal desferido pela sórdida traição em suas costas faz sangrar arrependimento e revolta. Sua única arma, o orgulho, era por demais pesada para mantê-la erguida naquela sofrível caminhada. Deixou-a no chão e seguiu. Mas não suportando a dor, o guerreiro prostrou-se e escondeu seu rosto entre as mãos calejadas e sujas das areias das aventuras. Naquele momento, seu grito rouco se fez ecoar por todos os lados. Chegara o momento de pedir ajuda. Agora braços estendidos ao céu, clamava misericórdia e perdão pelas lutas em vão que tanto o agrediram e o cegaram da vitória que tinha nas mãos. Pediu perdão. Seus pedidos eram com tamanha intensidade e sinceridade que agora se via sem forças. Naquele momento a fraqueza fora mais forte e seu corpo tombou por terra. Desfalecera. Mas ali, caído na areia molhada, sob intenso frio, seu corpo recebe uma luz fina, mas luminosa o bastante para aclarar tudo em volta. Aquela luz era quente e reconfortante. Era a luz que vinha atender um chamado sincero, feito do fundo do coração. Era o clamor de um guerreiro verdadeiramente arrependido. Instantes depois, recobrando os sentidos, sente-se melhor para se levantar e continuar sua caminhada. Olhou em volta, nada mudara. O frio era intenso, a chuva incessante e o horizonte ainda sombrio, mas algo inexplicável o fazia, naquele momento, não temer a caminhada. Algo agora o mantinha erguido. E seguiu seu caminho. Sem que percebesse, uma luz o seguia vigilante. Era a
luz divina, que naquele momento estaria ao seu lado para não mais deixá-lo tombar. Era o guerreiro em sua jornada, difícil e por vezes angustiante, mas que agora era velada pela luz da fé. E lá ia o guerreiro, com a certeza que logo após aquele horizonte algo de sublime o aguardava, para isso era manter o prumo e sustentar a sua inabalável fé

domingo, 18 de outubro de 2015

Sem você...

Sopra um vento frio; você em meu pensamento.
A tarde vai padecendo. E o silêncio vem para reinar.
E logo mais, sem muita pressa, a noite, rica em sonhos
Vem para acorrentar.
A chave para o consolo é protegida pelo temível monstro
Do arrependimento.
O grito, desesperado, não desperta a estátua esculpida de orgulho.
O olhar de gelo lança flechas para abater meu amor próprio,
Esperando meu rastejar como prêmio de humilhação.
A noite é longa e a horda não desfalece.
Mas o calor, aquele que faz renascer, logo chegará.
E mais forte do que qualquer escuridão, a luz virá invadir,
Rasgando pelo horizonte com sua força renovadora.
É o sol, supremo, convidando para mais uma jornada.
Mas desta vez sem você no pensamento.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Dor...Tempo

A dor de uma perda não é fácil. Ela se instala no peito, sobrecarrega nossa alma e passamos a carregar algo que antes não fazia parte da nossa vida. E causa aquele estrago! Tudo parece mais difícil, o viver torna-se desanimador. Por isso não é fácil. Mas, em meio a todo esse estado de melancolia, entra um elemento decisivo a nosso favor; o TEMPO. Ele, discretamente, mas eficazmente, vai dando um jeito de tornar as coisas bem menos pesadas...gradativamente. Não que ele tenha o poder de engolir a dor e nos fazer restabelecer. Extirpar a dor vai depender de cada pessoa; de sua atitude em querer mudar para superar a dor. O tempo sim, vai tratando de fortalecer nossa alma. Devagarzinho vai desenvolvendo forte musculatura espiritual e então passamos a sentir que aquele peso, antes tão demasiadamente cruel, agora já não importuna tanto passando a ser possível caminhar sem muitos cambaleios. E assim chega aquele determinado momento que a dor, ainda que fincada no peito, agora é administrável, a alma, através do tempo adquire força e fôlego suficiente para continuar sua trilha em paz.

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